quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Domingos a noite

Existe uma certa hora no domingo que me angustia. É a hora que eu percebo que o final de semana acabou, e que no dia seguinte seremos somente eu e Juju o dia inteiro.
É no final de semana que meus braços têm um pouco mais de descanso, que eu consigo varrer a casa e ir no outro quartinho do meu apartamento que fica abandonado durante a semana. Nos fins de semana, Juju tem o paizão dela pra olhar também e eu me lembro um pouco de como é cuidar de mim.
Nos fins de semana eu tomo um banho mais demorado, passo cremes no cabelo, passo cremes em mim, vou a manicure, depilação... E fico tranquila porque sei que tudo está bem com ela.
Quando a segunda começa e o Edson me dá o beijinho antes de trabalhar, eu penso que deveria ter dormido mais no fim-de-semana.
Nunca pensei que eu diria isso, mas me incomoda os serviços domésticos que não consegui fazer. São as roupas que não foram pro varal, o pano que não se passou no chão, os móveis que não tiveram sua poeira retirada... E pra facilitar minha confusão, há um mês eu recebo diariamente o jornal O Globo cuja assinatura eu nem pedi. Assim minha casa tb se entupiu de jornais que não consigo ler nem a metade.
Juju mudou muito nossas vidas. O apartamentinho de 1 quarto e meio com escada pra subir, de grande solução, virou um incômodo. Tudo ficou pequeno. Já trocamos de carro por causa dela. Agora "só" falta o apartamento. Mas isso (salvo exceção se ganharmos na mega-sena) vai demorar um pouco.
Se eu me arrependo de ter tido a Juju? Nunca. Os sorrisos dela, o abraço que ela me dá quando a pego no berço e ver ela brincando com o Edson, vale tudo. Mas cansa. Ah, isso cansa mesmo.

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